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História do desporto cabo-verdiano: quem foi o primeiro Cabo-verdiano a vestir a camisola do FC Porto?

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Euclides Anaura: o primeiro ultramar de Cabo Verde a trajar-se de azul e branco Foto:  Euclides Anaura. Até aonde data precisamente a história da fundação do FC Porto até hoje (1893 até 2020), de acordo com as investigações realizadas ao longo dos anos, Euclides Anaura, foi o primeiro cabo-verdiano a vestir a camisola do Futebol Clube do Porto. De acordo com a primeira hipótese, a nível da sua origem, em relação ao seu especto fisionómico, era muito provável que fosse filhos de portugueses “não ultramar”, vindos anos passados de uma das cidades portuguesas, no sentido de fixarem residência na ilha de Santiago. E a segunda hipótese, seria mestiço (mistura entre uma cabo-verdiana e um português ou vice-versa), e que depois resolveram viajar para Portugal continental. 21 anos após a fundação do Futebol Clube do Porto, em 1914, nascera Euclides Anaura, na ilha de Santiago.                                                                      Por motivos não identifi

Planeta Vieira: A primeira vitória de sempre de um clube cabo-verdiano numa eliminatória da Liga dos Campeões Africano

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(Foto: Sporting da Praia, na época desportiva 1991-92, em foto de equipa depois de ter ganho o jogo por 3-1, após penalti, diante do campeão senegalês  Port Autonnome ) O INICIO DO PERCURSO (SPORTING CAMPEÃO NACIONAL) Na época desportiva 1991-1992, o Sporting Clube da Praia sagrava-se campeão regional Santiago Sul e meses depois sagrava-se também campeão Nacional de Cabo-Verde, ao vencer na segunda mão o Sporting da Ribeira Brava de São Nicolau por 1-0, após de ter-se registado um empate a zero golos entre as duas equipas no estádio da Várzea. No mesmo período, a nível político-social, surgiram algumas reformas políticas de grande relevância para o país. Surgiu o Movimento para a democracia (MPD) em 1990 e um ano mais tarde, devido a várias pressões de vários intelectuais em diversas áreas do saber, houve pela primeira vez em Cabo Verde eleições livres.  Carlos Veiga e António Mascarenhas seriam nomeados para o cargo de Primeiro-Ministro e Presidente da Repúblic

Futebol africano: A consagração de um rei africano (Chitalu, o homem das causas impossíveis).

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  Nem Pelé, nem P uskas , nem B est , nem Eusébio, nem Maradona, nem Ronaldo, nem Eto’o , nem Messi, nem Cristiano Ronaldo, marcaram tantos golos como o “Uca” Chitalu em 365 dias. Adotado com a “alcunha de Ucar”, devido a sua condição física excecional, G odfrey Chitalu nascia em Luanshya , na Rodesia do Norte, a atual Zâmbia em 1947. A sua carreira desportiva, teve o início nos anos 60 em Roan United , clube que o formou e projetou-o para o futebol. Depois de fazer a sua fase de formação de 7 anos no Roan, transferiu-se para o Kitwe United. Ali começou a sua espantosa saga para que a sua reputação de goleador começasse a ganhar forma. Na mesma época, apontou os impressionantes 81 golos no clube, despertando tremenda cobiça do futebol zambiano e um pouco pela África. Em 1969, foi suspenso por meia época por causa do seu temperamento dentro do campo e voltou a atuar 1 ano depois. Depois de cumprir os 6 meses de castigo, em 1970, transferiu-se para o Kabwe Warrio

O papel da Mocidade Portuguesa no desenvolvimento das modalidades desportivas em Cabo-Verde (o caso do Vólei).

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Estandardizado no modelo Fascista italiano, a Mocidade Portuguesa foi criada em 1936 (no período da ditadura em Portugal) por António de Oliveira Salazar, com o intuito de incutir na juventude o sentimento de ordem, disciplina, gosto da disciplina e do culto do dever militar.  Era uma organização portuguesa (incluindo Cabo-Verde ultramarino) que estimulavam os jovens para o desenvolvimento integral da capacidade física, a formação do caracter e a devoção da pátria. Durante o período de 41 já existiam dois liceus em Cabo-Verde, Adriano Moreira na Praia e Gil Eanes em São Vicente. A participação nas atividades da Mocidade Portuguesa era obrigatória para os estudantes naquele período na Praia e em São Vicente. A sua estrutura era bem organizada, cada qual com as suas tarefas bem delineadas, onde haviam 4 escalões etárias.  Lusitos, dos 7 aos 10 anos, Infantes, dos 10 aos 14 anos, Vanguardistas, dos 14 aos 1

O surgimento do Voleibol em Cabo-Verde (Plateau e “Quintalona” como santuário de peregrinação) 1ª parte.

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(No início dos anos 50, Sporting A de volley.  De pé: com Salazar, Maia e Benvindo e e m baixo: Ildefonso, Patana e Djingados) Depois da institucionalização da Igreja do Nazareno no início do Seculo XX nos Estados unidos, na metade do mesmo século, com a ideologia de expansão, a igreja cristã protestante chegou á cabo-verde. Na cidade da Praia, no centro do plateau foi construído a igreja dos Nazarenos, mais alguns metros acima foi também edificado uma casa para acolher os responsáveis da igreja e ao lado da casa foi feito um pequeno recinto desportivo afamado por “ Quintalona”. Devido a tremenda carência na altura de infraestruturas desportivas no país, por causa da pouca relevância dada a questão do desporto e outras áreas por parte de metrópole em relação as ilhas, o espaço era utilizado para muitas atividades desportivas e de lazer por jovens aderentes daquela igreja cristã protestante. Sr. Gay, primeiro emissário pela igreja do Nazareno em Cabo-Verde, r

A representação diplomática de Cabo Verde através do Desporto

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Tenho teorizado, desde sempre, que a música, através dos seus intérpretes, em similaridade com o desporto, através dos nossos atletas (enquadrado como “adido desportivo”) têm um papel preponderante na divulgação e representação do país na diáspora além diáspora. Sendo as três áreas importantes para a imagem do país lá fora, e transversais umas das outras, o desporto já demonstrou que é e será muito importante para o planeamento estratégico do país, ao nível da transmissão da imagem de Cabo-Verde no exterior. No contexto mundial vários ícones do desporto têm representado os seus respetivos países, tornando-se figuras de alto índole, de responsabilidade e promoção do território onde são originários. A diplomacia pode ser entendida como um instrumento da política externa, para o estabelecimento e desenvolvimento dos contactos pacíficos entre os governos de diferentes Estados, pelo emprego de intermediários, mutuamente reconhecidos pelas respetivas partes".(Magalhães